quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Era do Aquário - mais uma visao

O Movimento Nova Era

por
Fernando Gabriel

Depois dos anos 60 e do fenómeno da contracultura, orientada para a rotura com instituições e os modelos herdados do passado, no sentido da construção de um mundo melhor, mais justo e mais fraterno, começa-se assistir a profundas alterações nomeadamente no campo social, económico, cultural, religioso ou científico, que só tiveram paralelo no período histórico do Renascimento, o que marcou a passagem da Idade média para a Idade moderna.

Todo este movimento, associado à emergência de algo novo, de uma outra mentalidade, também tem sido associado por muitos a uma mudança de período de tempo, ao qual têm sido atribuídas expressões como "Nova Era" e "Era de Aquário".

A expressão mítica "Era de Aquário" tem como base antiquíssimas teorias astrológicas, segundo as quais o sol mudaria de signo zodiacal, em cada 2.146 anos, sendo cada era medida pelo tempo que o sol demora no seu movimento contrário ao da terra, a percorrer cada um dos doze signos do zodíaco, demorando o trânsito completo por todos os signos cerca de 25.750 anos. Segundo a astrologia, tivemos a era de Touro entre 4.300 a 2.150 a.C., a era de Carneiro entre 2.150 a.C. até ao nascimento de Jesus Cristo, e a era de Peixes, que vai do ano de nascimento de Cristo até possivelmente ao ano 2.147, à qual se seguirá a era de Aquário, na qual, para uns já entrámos, para outros, estamos apenas ainda a receber a influência dos seus primeiros raios anunciadores, perceptíveis pelas grandes transformações sociais, religiosas e científicas, que já se observam.


Kalki Avatar - aquele que anuncia o novo yuga

É curioso verificar também que outras tradições, para além da ocidental contam a passagem do tempo em ciclos. Assim, por exemplo os hindus na tradição oriental, consideram que tudo decorre de acordo com os ciclos de tempo, chamando a cada ciclo yuga, e ao conjunto de quatro yugas Manvantara. Segundo a sua tradição estamos também agora a sair da idade da deusa Kalí, do ciclo denominado kali-yuga, caracterizado pelo caos e destruição, ao mesmo tempo que estamos a chegar ao fim de um ciclo de quatro yugas (Manvantara). Para os hindus, o início do novo tempo que agora se anuncia, tem uma importância muito especial, pois corresponde não apenas à mudança de yuga, o que é muito importante, como também à mudança de um Manvantara (4 yugas correspondendo a um ciclo de 64.800 anos), que totalizam as quatro épocas ocidentais, de ouro, de prata, de bronze e a de ferro.

Comparando com a tradição ocidental é como se estivéssemos a sair da época de ferro, o último yuga (kali-yuga), para dar início a um novo período de quatro eras, um novo Manvantara, que vai começar com o krita-yuga ou idade de ouro.

Para a nossa tradição, cada era zodiacal tem certos traços específicos, cujas características são impressas nos movimentos mais significativos desses períodos astrológicos. Ao contrário da era de Peixes, que foi (ou que é ainda) um tempo de conflitos, guerras, domínios e confrontos de grandes ideologias, a era de Aquário promete ser um período de paz, harmonia e fraternidade, sendo também a era da comunicação, informação e espiritualidade, veiculada pelas mudanças a que estarão sujeitas as religiões tradicionais, bem como pelo surgimento de novos movimentos religiosos e pelo ressurgimento e recriação de tradições votadas ao esquecimento durante séculos.

A Expressão "Nova Era" surge a partir dos anos 60, para definir a mudança radical de paradigmas (estruturas de pensamento) que se vinham anunciando. Começa a tomar forma com o nascimento de uma comunidade, fundada por Petter e Ellien Caddy e Dorothy Mac Lean, em Findhorn no norte da Escócia, cuja mensagem se prendia com amor e luz, e com a convicção de que o homem é ao mesmo tempo a parte e o todo do universo, podendo viver em perfeita harmonia com a natureza e o cosmos.

Outro marco importante no desenvolvimento deste conceito, está relacionado com a fundação em 1961 da escola de Esalen, em São Francisco - Los Angeles, Califórnia, para onde convergiram psicoterapeutas, psicólogos, cientistas e artistas, todos eles célebres no mundo das pesquisas da consciência e do cérebro, à qual pertenceram, individualidades como Allan Watts, Paul Tilich, Rollo May, Carlos Castañeda, Abraham Maslow e Carl Rogers, entre outros. Ali nasceu o movimento de desenvolvimento do potencial humano o qual, segundo Michael Mac Murphy, um dos seus fundadores, é o equivalente moderno do movimento renascentista, devido à alteração de paradigmas (estruturas de pensamento), à construção de algo novo e diferente. Se as características do Renascimento foram o florescimento do individualismo e o aumento dos sincretismos religiosos misturando várias tradições, os percursores da nova era têm como objectivo a "planetarização" do individualismo religioso da subjectivação das crenças, dos sincretismos e a espiritualização do indivíduo e da sociedade através da transformação interior de cada um.
Quem melhor definiu este movimento foi a jornalista Marylin Ferguson (1980), no livro "a conspiração de Aquário," ao dizer que a Nova Era: é uma conspiração sem doutrina política, sem manifesto, com conspiradores que buscam o poder apenas para difundi-la,(....) é mais ampla que uma reforma, mais profunda que uma revolução. Essa conspiração benigna a favor de uma nova ordem, deflagrou o mais rápido realinhamento cultural da história. O grande sobressalto, a mudança irrevogável que nos está empolgando, não é um novo sistema religioso, político ou filosófico. É uma nova mentalidade - a ascendência de uma surpreendente visão do mundo que reúne a vanguarda da ciência, e visões dos mais antigos.

Marilyn Fergusson parece ter sabido interpretar as mudanças que começaram a ocorrer nas mentalidades a partir dos anos 60 e a contracultura daí resultante, que marcou as grandes transformações sociais ocorridas durante a segunda metade do século XX, e que de forma gradual tem perpassado por todas as sociedades ocidentais. Aquilo a que se chama nova era, não é algo totalmente novo, os seu elementos já se encontram nas sociedades que poderíamos considerar de pré-religiosas e nas civilizações da antiguidade clássica. Encontramos também a sua fundamentação em fontes religiosas orientais (como o budismo, o taoísmo ou o hinduísmo), e também no cristianismo primitivo, bem como nas ciências herméticas surgidas durante o Renascimento tais como, a alquimia, a magia, e o ocultismo dado que a nova era denota um carácter ecléctico e globalizante.

Este algo novo não é originado apenas por uma rejeição do mundo moderno, nem por um regresso ao passado, é antes uma recriação para dar respostas válidas e actuais ao momento presente, fazendo confluir numa mesma sociedade elementos antigos e do mundo actual, do oriente e do ocidente, todos em simultâneo.

Era do Aquario - Outra visão

Aspectos Astrológicos

Muitas declarações sobre a Era Aquariana podem ser encontradas nas publicações actuais.

Frequentemente, deparamos com afirmações de que a Era Aquariana já começou, que vai durar certo período de tempo, que ela é o resultado de um fenômeno astronômico ou astrológico, que tem determinadas características, ou que, sob sua influência, o homem estará capacitado a realizar certos trabalhos específicos.

Queremos apresentar aqui os ensinamentos da Fraternidade Rosacruz sobre o assunto.

A Era Aquariana ainda não começou, apesar de sentirmos já a sua influência, e tardará ainda mais uns seiscentos anos até que chegue realmente, ou seja, isto acontecerá por volta do ano 2654 da Era Cristã.



Precessão dos Equinócios

O facto de alguns afirmarem que já estamos na Era Aquariana pode ser explicado pela diferença que existe entre as constelações zodiacais e o chamado "Zodíaco Intelectual". Um determinado grupo de estrelas fixas no céu chama-se Áries; outro grupo, localizado perto de Áries chama-se Taurus; um terceiro grupo chama-se Gemini, e assim por diante. Estas doze constelações ou grupo de estrelas, como são vistas no céu, ficam sempre no mesmo lugar e na mesma posição relativa entre umas e outras. Através destas constelações viaja o Sol, ano após ano, com precisão invariável. Mas, devido a que o eixo da Terra se inclina para o Sol e tem um movimento cambaleante, parecido ao movimento de um pião quando está perdendo sua força, o movimento do Sol parece ser irregular. Cada ano, quando o Sol entra na constelação de Áries cruzando o Equador da Terra, ele o faz um pouco antes do que no ano anterior. O Sol precede, e este é o motivo pelo qual os astrónomos falam na "precessão dos equinócios". Isto quer dizer que o Sol parece cruzar o Equador no equinócio vernal ou começo da primavera, cada ano um pouco antes do ponto no qual cruzou o Equador no ano anterior. Portanto, se um ano cruzou o primeiro grau de Áries, no ano seguinte cruzará ligeiramente a constelação de Pisces, desde o primeiro ponto de Áries e assim sucessivamente. Na verdade, este movimento retrógrado é tão lento, que o Sol demora quase 72 anos para cruzar um grau, ou seja, cerca de 2 156 anos para passar por um signo, ou 25 868 anos aproximadamente para passar, em movimento retrógrado, pelos doze signos. Este último período é chamado um Grande Ano Sideral.



Dois Zodíacos

Os astrónomos falam geralmente de "graus de ascensão recta", para os quais dividem o círculo do céu em 360 graus, começando pelo ponto de onde o Sol cruza o Equador celeste, no equinócio vernal precedente. Eles, da mesma forma que os astrólogos, conferem a Aries os primeiros 30 graus, a Taurus os 30 graus que se seguem a Aries, etc. Assim é explicado o zodíaco natural, composto das 12 constelações ou grupo de estrelas, que mudam tão imperceptivelmente sua posição no céu que não podemos notá-la em uma vida, nem em algumas centenas de anos. Por outro lado, existe o zodíaco intelectual, que começa no ponto preciso do equinócio vernal de qualquer ano.

Como o Sol, por precessão, viaja para trás pelos diferentes signos do zodíaco, é óbvio que chegará um momento em que o equinócio vernal ocorra no ponto preciso do primeiro grau de Áries, e, como consequência, em tal ano coincidirão os zodíacos natural e intelectual. A última vez que ocorreu este facto foi por volta do ano 498 da Era Cristã e como o Sol estava se movimentando à velocidade acostumada, ao redor de um grau a cada setenta e dois anos, é evidente que, na actualidade, o equinócio vernal ocorra cerca de nove graus de Pisces. De tal forma que será por volta do ano 2654 que o Sol realmente entrará na constelação de Aquarius. Podemos dizer que a Era Aquariana começará nessa época e irá durar aproximadamente 2 156 anos, durante os quais o Sol seguirá seu movimento retrógrado, atravessando os 30 graus do signo de Aquarius. Na verdade, não vamos imaginar que ocorra uma mudança brusca em uma determinada data, como sucede, por exemplo, quando dizemos que entramos no ano de 1975 à meia noite do dia 31 de dezembro de 1974. Esta é uma divisão matemática do tempo. De facto, as épocas distintas da existência humana dependem das influências vitais e são realmente mais o resultado de condições mentais do que de divisões do tempo, ainda que as duas estejam vinculadas.



Órbita de Influência

Por isso, os astrólogos reconhecem o que se chama de "uma órbita de influência". Para entender isto, devemos reconhecer que todo ser humano é algo mais do que vemos; que está rodeado por uma aura, uma atmosfera invisível, um "algo" que irradia de sua pessoa e que forma parte de sua personalidade. Em outra palavras, o homem tem certos veículos, invisíveis para a visão comum, que se estendem mais além de seu corpo físico. É por isso que, quando estamos perto de outra pessoa, os corpos invisíveis se misturam e há momentos em que estamos quietos e passivos sentimos mais estas influências subtis apesar delas sempre existirem e constituírem factores poderosos em nossas vidas.

Imaginemos uma pessoa concentrada integralmente em seu trabalho, de modo que não olhe, nem veja o que sucede ao seu redor. De repente, percebe que alguém entrou em seu quarto - que, na realidade, está atrás dela - vira-se e vê um amigo. Não ouviu a entrada de seu amigo porque estava muito absorta em seu trabalho, mas sentiu-o, porque a aura do amigo se intercalou com a sua própria atmosfera áurica. Por isso sentiu que alguém estava atrás dela, apesar de não ter nenhum contacto físico.

"Assim como é em cima, é em baixo" e vice-versa, é a Lei da Analogia, a chave mestra para os mistérios. O homem é o microcosmos e as estrelas, o macrocosmos. As constelações representam grupos de grandes Espíritos que se encerram em seus corpos estelares, com a finalidade de ajudar as inteligências menos desenvolvidas, para que possam Ter as experiências necessárias para sua evolução. Podemos concluir que estes grandes Espíritos têm veículos subtis que são similares aos da atmosfera áurica de nossa Terra. O Sol se aproxima muito da constelação de Aquarius no equinócio vernal. Assim, a influência de Aquarius, juntamente com os raios solares, são transmitidas à Terra e como a primavera é a época especial em que tudo está impregnado de vida, podemos perceber que o raio aquariano assim transmitido, far-se-á sentir entre as pessoas da Terra.



Era de Pisces

Reconhecemos, sem dificuldade, a influência de Pisces durante os últimos dois mil anos. A superstição, a escravidão intelectual, a fé cega pela qual passou a civilização, são fenómenos bem conhecidos dos historiadores. Por outro lado, as influências da Era de Pisces no processo evolutivo foram necessárias. Os ensinamentos de amor e altruísmo que Cristo trouxe à Terra eram tão estranhos à religião da lei e do medo, conhecidas até então, que não podiam surtir efeito na humanidade, se não se desse ênfase à fé que abrangeu a doutrina da redenção da humanidade, por meio da "expiação redentora do Gólgota". A Era de Pisces será recordada como a Era da Fé, em contraste com a Era Aquariana, a Era da Razão, durante a qual serão ensinados os princípios do novo Cristianismo - amor e desinteresse. Na Era de Pisces recomenda-se a abstinência da carne em certos dias. Reverencia-se uma Virgem Imaculada. Aconselha-se que se abandone os prazeres da carne e os apelos à sensualidade. Nos seiscentos anos que faltam para que a Era Aquariana se inicie definitivamente, faremos muitos progressos nestas duas áreas de consciência. Recordemos que Júpiter, o planeta da benevolência e da filantropia, também governa Pisces e tem sido um factor muito importante no desenvolvimento do altruísmo durante estes últimos anos.



Era de Inovações (Aquarius)

Os estudos astrológicos informam-nos que Aquarius exerce uma influência intelectual original, inventiva, mística, científica, filantrópica e religiosa. Se quisermos aplicar a sentença bíblica que diz "por seus frutos os conhecereis", podemos pressentir a Era Aquariana pelos esforços originais ligados à ciência, religião, misticismo e altruísmo. Olhando para trás podemos ver um período de quase cem anos (século XX), no qual o Sol viajou, por precessão, pouco mais de um grau na órbita até Aquarius e constatamos que, durante esse tempo, produziu uma grande mudança em muitas idéias, houve novos descobrimentos, avanços científicos e muito mais inovações em todos os campos de actividade do que nos últimos dois mil anos. Consideremos algumas das invenções deste último século: o telefone, o telégrafo, o radar, a televisão, computadores e a complicada maquinaria das viagens espaciais. Isto e milhares de outras invenções são indicadores no mundo físico, da aproximação da Era Aquariana.

Também notamos que tendências à idéias liberais em assuntos religiosos estão substituindo as condições antigas de crença dogmática tão enraizadas na doutrina. É notável o número crescente daqueles que desenvolveram a visão espiritual e estão investigando o caminho da evolução nos planos superiores. Os estudos astrológicos estão adquirindo uma popularidade nunca vista nos últimos anos. Ficamos impressionados ao entrar numa livraria e constatar o número incrível de publicações recentes sobre ocultismo, astrologia, etc.

Na Era Aquariana, haverá a combinação da religião com a ciência e teremos então uma ciência religiosa e uma religião científica. Cada qual aprenderá e respeitará os descobrimentos feitos pela outra, o que redundará em saúde, felicidade e permitirá ser possível desfrutar uma vida melhor.



AQUARIUS



Fraternidade Universal

A Era Aquariana será uma era de fraternidade universal e já observamos, à nossa volta, movimentos para a eliminação de barreiras e preconceitos raciais. Na actualidade, este resultado tem sido obtido, muitas vezes, através do derramamento de sangue e rebeliões. A espada, que governa a Era de Pisces, é ainda poderosa, mas cederá seu lugar à ciência e ao altruísmo, que regerão a Era Aquariana.

Como Aquarius é um signo de ar, científico e intelectual, a conclusão inevitável é de que a religião desta Era deverá estar alicerçada na razão e será capaz de explicar o enigma da vida e da morte, de tal maneira que satisfaça tanto a mente como o sentido religioso. Neste aspecto, os Ensinamentos da Sabedoria Ocidental estão preparando o caminho para a Era Aquariana, aspirando eliminar o temor da morte, que se origina da incerteza que envolve a existência após a morte. Estes ensinamentos demonstram que a vida e a consciência continuam submetidas à leis tão imutáveis como Deus, cuja meta é erguer o ser humano até um estado de espiritualidade mais nobre e elevado.

Como é um signo do ar, Aquarius governa especialmente a região etérica. À medida que o Sol entrar, por precessão, em Aquarius, a humidade da terra irá sendo eliminada, gradualmente, e as vibrações visuais, que se transmitem mais facilmente em uma atmosfera seca e etérica, serão mais intensas. Nessas condições poderemos desenvolver nossa visão espiritual e seremos capazes de ver os seres que vivem na região etérica, incluindo os nossos parentes e amigos já "falecidos". Poderemos, então, continuar nossa união com eles, mesmo depois da "morte", sabendo que eles partiram para as regiões mais elevadas. Estaremos, assim, suficientemente aptos para reconhecer que, na realidade, há "vida depois da morte".

Quando o homem atingir este ponto de evolução, estará tão iluminado que poderá evitar muitas "quedas" que lhe causam tanto sofrimento e perturbação, e desfrutar uma existência muito mais ditosa do que a que tem actualmente. Será capaz de resolver problemas sociais em forma equitativa para todos e o uso de maquinaria e instrumentos aperfeiçoados livrarão as pessoas, em grande parte, de tarefas físicas pesadas e dar-lhe-ão uma melhor oportunidade para progressos intelectuais e espirituais.

Ainda que, a seu devido tempo, todos nós tenhamos direito aos benefícios da Era Aquariana, há a possibilidade, agora, para aqueles que aspiram a uma vida melhor e mais espiritualizada, pôr-se em sintonia com o espírito da Era vindoura e preparar sua receptividade às influências aquarianas. Aquele que viver sinceramente uma vida de serviço para a humanidade e que exercite seus dons de compaixão, altruísmo e benevolência, progredirá no caminho evolutivo conforme os esforços que fizer para responder às influências de Aquarius.



Tradução livre do tema nº05 da The Rosicrucian Fellowship

A era de aquário

Muito se disse, muito se discutiu sobre a Nova Era de Aquário, que se iniciou em 4 de Fevereiro do ano de 1962.

Muitos supõem que a Era de Aquário se iniciará depois do ano 2.000, baseados em que somente em cada 2.000 anos o Sol passa de um signo zodiacal a outro. Os que assim opinam crêem firmemente que Jesus nasceu no ano 1 de Peixes, ou alguns anos antes, durante a Era de ÁRIES. Realmente, ainda que se diga que Jesus nasceu fisicamente há 1962 ou 1963 anos, isto é só uma opinião, porque em verdade ninguém sabe com absoluta segurança em que ano Jesus nasceu. Assim, baseado no nascimento de Jesus é impossível saber quando começa a nova Era de Aquário.

Seria impossível saber a data em que se inicia a nova era, se não tivéssemos o livro do Zodíaco em nosso poder. Se abrirmos este livro, nele encontraremos uma lâmina maravilhosa, um mapa cósmico esplêndido. Este é o mapa cósmico do dia 4 de fevereiro de 1962.

Cada vez que se inicia uma nova era, os sete planetas se reúnem em pleno congresso cósmico em tal ou qual signo zodiacal. Assim sucedeu no passado, assim sucederá no futuro, assim sucedeu no dia 4 de Fevereiro de 1962. Foi maravilhoso o congresso cósmico do dia 4 de Fevereiro de 1962. Todos os astrônomos puderam estudar este grande acontecimento cósmico, todos puderam comprovar de forma matemática que esta formidável conjunção realizou-se na Constelação de Aquário; todos o viram, todos o comprovaram com seus telescópios e seus cálculos.

Temos que reconhecer que os astrólogos da Índia se equivocaram lamentavelmente acreditando que tal conjunção de mundos realizar-se-ia na constelação de Capricórnio.

Precisamente baseados nesse cálculo errôneo profetizaram o fim do Mundo para essa data.

Em nossa Mensagem do Ano 1 da Era de Aquário, advertimos que os que assim pensaram e profetizaram converter-se-iam em motivo de riso do mundo inteiro. Citaremos a propósito os seguintes parágrafos da mencionada mensagem: "Os astrólogos que supõem que dita conjunção realizar-se-á no signo de Capricórnio e não no de AQUÁRIO, ficarão de fato confundidos e envergonhados diante dos sábios astrônomos dos quatro pontos cardeais da terra".

A Era de Aquário

"Existem por aí muitos pseudo-astrólogos ignorantes que supõem que na mencionada data de 4 de Fevereiro acabar-se-á o mundo. Esses são os que desacreditam a Astrologia, esses são os charlatães."

Os fatos nos deram a razão porque a lógica estava do nosso lado.

Os hindus disseram que a Deusa Kali salvou o mundo. Os jornalistas, que sabem tirar proveito de tudo, disseram que a Deusa Kali salvou o mundo mas não salvou os astrólogos.

Assim, com todos esses erros nos cálculos se tem desacreditado miseravelmente uma ciência tão antiga como o mundo. Isso é realmente lamentável.

A realidade, a crua realidade, é que já estamos na Era de Aquário. Esta era é governada pelo explosivo Urano, senhor da Casa de Aquário. Inevitavelmente, virá uma transformação total em toda essa ordem de coisas. A Ciência, a Filosofia, a Arte e a Religião deverão unir-se totalmente à luz da Gnose.

A Política passará por tremendas transformações, as guerras atômicas inevitavelmente produzirão muitos cataclismos e por fim um espantoso e terrível cataclismo planetário, que acabará com a Raça Ária.

Este acontecimento não será o primeiro nem tampouco o último. Recordemos a humanidade Atlante e o Continente Atlante. As tradições arcaicas dizem que os Atlantes serviam-se de uma força misteriosa chamada "Vril", cujo abuso provocou a revolução dos eixos da Terra, a mudança do leito dos oceanos e a submersão da Atlântida. Esta energia, este Vril, é a mesma energia atômica.

A desintegração do átomo provocará, em grande escala, a decomposição do átomo em cadeia, resultando disso o retrocesso do planeta Terra até o seu passado arcaico. Desde o remoto passado a natureza veio trabalhando com as forças de coesão molecular, agora nós trabalhamos com sua antítese, as forças de desintegração atômica, o que significa regresso para o caos, regresso para a nebulosa e, por consequência, a atualização dos cataclismos arcaicos.

Os fatos concretos estão nos dando razão, a lógica está do nosso lado. Por todas as partes está tremendo a terra. Há tremores na América, na Europa, no Oriente Médio, na Ásia, na África, na Oceania, nos fundos dos mares, etc. Surgem espantosos ciclones que arrasam as cidades, nascem por todas as partes crianças monstros, aparecem enfermidades desconhecidas que a ciência não pode curar: tudo isso é o resultado das explosões atômicas.

Felizmente, os cientistas ainda não puderam dividir o elétron. Infelizmente, por fim o conseguirão, isto sim será mais grave. Quando o conseguirem, a destruição será pavorosa e alcançará até o mundo mental. Consequentemente, o terror infinito reinará soberano no planeta Terra. A entrada do Sol em Aquário é maravilhosa e terrível ao mesmo tempo. Urano é explosivo e tremendamente revolucionário, e o animal intelectual chamado homem não está preparado para manejar semelhante tipo de forças tão explosivas e revolucionárias.

Qualquer má quadratura ou conjunção planetária no futuro poderá ser suficiente para que o homem se identifique totalmente com o raio negativo de Urano, e seguramente resultará disso a guerra atômica, a qual provocará o grande cataclismo planetário, depois de certo período de terremotos espantosos e horríveis acontecimentos.

Os homens que não querem a guerra têm trabalhado pela paz desde os antigos tempos, mas todo seu esforço foi inútil.

Todas as campanhas pela paz são inúteis. Toda propaganda pela paz é nula. Realmente, todas as conferências e tratados de paz não são mais do que hipocrisia e preguiça mental daqueles que não querem trabalhar em si mesmos para conseguir a paz interior.

A guerra resulta de muitas causas que o homem ignora; algumas dessas causas estão dentro do homem, outras estão fora dele. As guerras devem-se a influências planetárias, a forças cósmicas, bastando qualquer má posição dos astros, ou qualquer catástrofe cósmica, para que milhões de homens se lancem à guerra. O homem não é capaz de resistir a essas forças cósmicas, porque francamente ainda não é homem. Se fosse homem de verdade, resistiria a essas tremendas forças cósmicas e então não haveria guerras. No entanto, infelizmente, o HOMEM não é capaz de FAZER nada. O chamado homem é tão somente uma máquina movida por forças cósmicas.

Só o SER pode FAZER e o chamado homem ainda não possui o SER. O homem só têm em seu interior o EU e este não é o SER. Devemos distinguir entre o EU e o SER. O EU é múltiplo, é LEGIÃO. O SER é ÍNTEGRO, UNITOTAL.

O EU é formado por milhares de pequenos "eus" separados uns dos outros, que geralmente se desconhecem uns aos outros, e até combatem-se mutuamente. O homem é uma pluralidade e seu verdadeiro nome é LEGIÃO. O chamado homem ainda não tem uma Individualidade realmente definida. O chamado homem ainda não tem um SER PRÓPRIO, SINGULAR; o homem está dividido em legião de pequenos "eus".

Estes “eus” lutam pela Supremacia, cada um deles querendo ser o senhor; cada desejo, o calor, o bom tempo, o frio, cada pensamento, dá nascimento a novos "eus".

Trazemos os fatores da guerra dentro de nós; os eus da cobiça, da crueldade, do egoísmo, do ódio, etc., estão dentro do próprio homem. Quando estes eus forem dissolvidos à base de compreensão e santidade, quando o homem possuir o Fogo Sagrado, então terá encarnado seu verdadeiro Ser. Somente o Ser pode sobrepor-se às más influências planetárias. Somente o Ser pode controlar essas forças cósmicas que produzem a guerra.

Só quem possui o Ser pode ser chamado Homem de verdade.

Infelizmente, o animal intelectual é uma máquina adormecida, controlada pelas influências catastróficas do Cosmos. Toda máquina responde à força que a move. Milhões de animais intelectuais se lançam à guerra movidos por forças secretas que eles desconhecem. Nestas condições, é claro e lógico pensar que as forças explosivas de Urano têm que trazer guerras atômicas inevitáveis. Os fatos concretos demonstrarão nossas afirmações.

O mais grave é que nenhuma propaganda pela Paz dará resultados. Nenhuma organização que trabalhe pela Paz poderá dar bons frutos.

As mais respeitáveis organizações que laboram pela PAZ, em nome da PAZ declararam a guerra. E então? Em que ficamos?

Atualmente existem no mundo exércitos de paz em plena guerra. Isto é trágico e horrível, porém verdadeiro.

Temos que enfrentar o problema da paz de outro ângulo totalmente diferente. Devemos focalizar o estudo do HOMEM em forma franca, sincera e definitiva, se é que realmente queremos a PAZ. Somente conseguindo a verdadeira PAZ INTERIOR podemos sobrepor-nos às influências que causam a guerra.

O Movimento Gnóstico, compreendendo o que significa entrar na Constelação de Aquário, se propõe a criar uma nova ordem que esteja em sintonia com Urano, em forma harmoniosa, clara e definitiva.

O Movimento Gnóstico pretende criar uma nova era de PAZ CONSCIENTE.

O Movimento Gnóstico luta pela AUTO-REALIZAÇÃO ÍNTIMA do homem, porque compreende que somente com a AUTO-REALIZAÇÃO ÍNTIMA pode o homem sobrepor-se às influências cósmicas adversas que causam a guerra.

O Movimento Gnóstico está formando um novo grupo de homens verdadeiramente capazes de lutar contra a barbárie humana. Todos aqueles que entrarem no Movimento Gnóstico se converterão em verdadeiros paladinos da paz, após conseguirem sua AUTO-REALIZAÇÃO ÍNTIMA.

A AUTO-REALIZAÇÃO é a única coisa que pode nos dar PAZ VERDADEIRA.

A entrada do Sol em Aquário exige AUTO-REALIZAÇÃO ÍNTIMA. Necessita-se urgentemente de uma congregação, ou melhor dito, um novo grupo de homens realmente auto-realizados para estabelecer uma nova ordem e salvar o mundo.

A Grande Loja Branca do Tibet secreto vai tentar uma nova era de paz, e o Movimento Gnóstico é o veículo de expressão fundado pela Loja Branca Gnóstica para este propósito e finalidade. A Humanidade está totalmente perdida, mas a Loja Branca do Tibet secreto se propõe fazer um último esforço a fim de salvar os perdidos. Isto é semelhante ao doente que já está a ponto de morrer, e que, entretanto, o médico lhe dá medicamentos e faz o que pode, mesmo quando o caso já esteja PERDIDO.

fonte:www.gnosisonline.com

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Ser-se aquariano .....

Gosto desta pequena explicação:


Aquário é o vôo que podemos levantar rumo à Perfeição e ao entendimento.
É o saber de que somos feitos à imagem e semelhança do Princípio e que a ele devemos "imitar".

Nostradamus

"Quando, pois, vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares e os adivinhos, que chilreiam e murmuram: Porventura não consultará o povo a seu Deus? A favor dos vivos consultar-se-á aos mortos?" (Isaías 8:19).

Nostradamus foi um profeta oculto que viveu de 1503 a 1566. Michel de Nostredame (ou Nostradamus) nasceu em St.Remy, na França em uma família de judeus que se converteram ao catolicismo. Embora seja relatado em várias publicações importantes que ele obteve o diploma médico na Universidade de Montpelier, Peter Lemesurier em seu livro "O Desconhecido Nostradamus" - The Unknown Nostradamus – documenta que enquanto Nostradamus requeria sua entrada naquela universidade em 1529, Guillaume Rondelet, encarregado de matricular os estudantes, negava seu registro no corpo estudantil por considerá-lo um "louco". Não há registro algum de sua re-admissão.

Após ver sua admissão negada, Nostradamus se dedicou a divagar pelos caminhos e estradas da Europa como um boticário à procura de conhecimento médico. Quando a praga atingiu Aix na Provença no ano de 1546 os médicos locais indubitavelmente entraram em pânico.O famoso doutor, Augier Ferrier, um aluno de Montpellier, aconselhou a seus amigos doutores, "Saiam rápido, mantenham-se bem longe daqui, voltem mais tarde."

De acordo com Lemsurier, "E já que o único médico respeitável e de confiança, que podia lutar contra a pestilência que assolava a população estava ocupado em Marselha, e não podia ou não queria vir, a única coisa a fazer era convidar o segundo homem no comando. Se o tocador de realejo se recusava a tocar, não havia mais nada a fazer a não ser conformar-se com o que o macaco fazia."

Em junho de 1546 Aix contratou "Micheou de Nostredame" para lutar contra a praga. Nostradamus, então, preparou algumas pílulas cor de rosa para combater a doença. Ele mais tarde admitiria que nenhum de seus métodos funcionou e que mesmo as pílulas eram apenas profiláticas. Sua esposa e filho morreram tragicamente pela praga.

O profeta Salomão nos diz em Eclesiastes, "O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol" (Eclesiastes 1:9). Assim com em quase toda a história humana o século XV e a primeira parte do século XVI foram cheios de eventos religiosos, políticos, econômicos e climáticos. A "Pequena Era Gelada" da Europa estava no auge em 1520 e as colheitas foram devastadas, a praga assolou vilas e cidades, os governantes da Europa entravam em guerra contínuas uns contra os outros. Soleiman, o Magnífico, e suas tropas espantosamente bem treinadas (os Jenízaros), estavam atacando e destruindo desde o sudeste da Europa, alcançando a Turquia Otomana até as entradas de Viena.

Nesta visão escura e fúnebre do futuro, as pessoas desenvolveram um apetite insaciável pelos livros sobre profecias. Um dos mais bem sucedidos foi o "Mirabilis liber" de 1522 o qual sem dúvida foi lido por Nostradamus e o inspirou. A obra de várias maneiras é uma paráfrase das profecias Bíblicas (o livro de Apocalipse escrito por João: os dois profetas confrontando o Anticristo, Ezequiel 38-39: Gogue da terra de Magogue e os aliados de Gogue atacam Israel, Joel 2: as tropas do norte perfeitamente adestradas): Aqui uma referência como exemplo:

"E no meio de sua calma emergirá do norte com Gogue e Magogue, uma nação que fará o mundo inteiro tremer. Aterrorizados, todos os homens se esconderão nas montanhas e entre as rochas para desaparecerem de sua presença. Eles não são da raça de Jafé, eles devorarão a carne humana e as serpentes, as mulheres e as crianças."

Em contraste a Bíblia em Ezequiel 38: 2-9, possivelmente mostrando o que talvez seja um cenário do Armagedon ou pré Armagedon (alguns especulam sete ou até mesmo três anos e meio antes da Batalha do Armagedon), podemos ler:

"Filho do homem, dirige o teu rosto contra Gogue, terra de Magogue, príncipe e chefe de Meseque, e Tubal, e profetiza contra ele. E dize: Assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu sou contra ti, ó Gogue, príncipe e chefe de Meseque e de Tubal; E te farei voltar, e porei anzóis nos teus queixos, e te levarei a ti, com todo o teu exército, cavalos e cavaleiros, todos vestidos com primor, grande multidão, com escudo e rodela, manejando todos a espada; Persas, etíopes, e os de Pute com eles, todos com escudo e capacete; Gômer e todas as suas tropas; a casa de Togarma, do extremo norte, e todas as suas tropas, muitos povos contigo. Prepara-te, e dispõe-te, tu e todas as multidões do teu povo que se reuniram a ti, e serve-lhes tu de guarda. Depois de muitos dias serás visitado. No fim dos anos virás à terra que se recuperou da espada, e que foi congregada dentre muitos povos, junto aos montes de Israel, que sempre se faziam desertos; mas aquela terra foi tirada dentre as nações, e todas elas habitarão seguramente. Então subirás, virás como uma tempestade, far-te-ás como uma nuvem para cobrir a terra, tu e todas as tuas tropas, e muitos povos contigo."

O profeta Ezequiel está profetizando uma invasão de Israel, cujo povo foi disperso pelo mundo e reunido nos "últimos dias". A confederação será encabeçada por Gogue que vem das "partes mais remotas do norte" (Ezequiel 39:2). Muitos dos países mencionados são reconhecíveis. Em breve Deus interfere através de um grande terremoto, de pestilências, chuvas torrenciais, fogo, enxofre e semeando discórdia interna entre as fileiras dos invasores. O exército invasor está aniquilado (Ezequiel 3-6):

"E, com um golpe, tirarei o teu arco da tua mão esquerda, e farei cair as tuas flechas da tua mão direita. Nos montes de Israel cairás, tu e todas as tuas tropas, e os povos que estão contigo; e às aves de rapina, de toda espécie, e aos animais do campo, te darei por comida. Sobre a face do campo cairás, porque eu o falei, diz o Senhor DEUS. E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o SENHOR."

Ezequiel 39:14-15 nos informa que ao cabo de sete meses se elegerão homens para percorrerem a terra e colocarem sinais ao lado dos ossos daqueles que tiverem ficado sobre a face da terra. Coveiros especiais, talvez uma "equipe de descontaminação", enterrarão os mortos no vale da multidão de Gogue.

Sem dúvida alguma Nostradamus, sendo de descendência judia, estava familiarizado com as profecias do Velho Testamento. As pessoas estavam dispostas a pagar um dinheiro considerável para saber o futuro, especialmente sobre o clima do ano seguinte. Assim, duas ou três dúzias de almanaques eram publicadas a cada ano na Europa, muitos deles baseados na Bíblia.

Nostradamus entrou nesta profissão lucrativa e publicou seu primeiro almanaque.

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Para Nostradamus, a estratégia utilizada para profetizar era a seguinte:
Desenho Nostradamus; Uma pintura de Nostradamus,doutor da medicina,astrologia,da cabala,alquimia,magia,matemática e profeta do occlut.(1503-1566) Michel de Nostredame.


1. Não seja específico o suficiente para que se prove algum erro. Seja vago e enigmático.
2. Escreva de tal forma que o leitor creia que você saiba algo, mesmo que não seja coisa alguma, e isto fazendo alusão a algo obscuro que você não dirá. Este procedimento aumenta a "aura de mistério" e tornam suas profecias "pomposas".
3. Faça previsões sobre temas que tenham um alto índice de ocorrência tais como: guerra, doenças, eventos climáticos, intrigas políticas, morte de pessoas importantes, acidentes... e, é claro, faça tais previsões com bastante mistério.
4. Se você fizer bastantes profecias, algumas delas se realizarão pela lei das probabilidades ou "se você atirar bastante barro na parede, um pouco dele se fixará." Para o ano de 1554 Nostradamus tinha em seus "prognósticos" 149 novas profecias. Logo teria cerca de mais de 300 por ano.
5. Com o objetivo de atingir a credibilidade inclua algumas profecias "ex-post-facto". Com o tempo, aquele que se deixa enganar facilmente esquecerá que você não estava profetizando, mas apenas recontando a história. O ignorante não saberá a diferença.
6. Ressuscite algumas de suas profecias que tenham falhado. A História tende a repetir-se e você pode "ter sorte".


Desenho Mapa Astral; Uma carta do astrológicos usada por Nostradamus para previsões.

Quarenta anos depois de Nostradamus ter publicado seu primeiro "Almanaque" seu último fiel secretário, Chavigny, não foi capaz de identificar qualquer profecia específica que tivesse se cumprido. Ele ofereceu a mesma desculpa pouco convincente, "ele quis dizer algum outro ano". Em 1553 Nostradamus publicou dois "Almanaques" que foram significativamente diferentes (algo como ler seu horóscopo para o mesmo dia em duas revistas astrológicas distintas). Não era raro para Nostradamus reciclar algumas de suas profecias em publicações posteriores.

É interessante perceber que nos tempos do Velho Testamento um profeta de Deus era alguém que estava cem por cento correto. A penalidade por não estar 100% correto era o apedrejamento. Nos tempos do Novo Testamento a profecia é um "dom do espírito". O verdadeiro espírito de profecia é inspirado e vivificado pelo Espírito de Deus, o Espírito Santo. Deus, ser fora da dimensão do tempo, não mente e vê o começo e fim da história humana de uma perspectiva extra-dimensional.

Apenas os verdadeiros profetas de Deus, aos quais são dadas visões sobrenaturais do futuro pelo próprio Deus, são infalíveis. À luz deste padrão absoluto, as profecias de Nostradamus são pura presunção (Deuteronômio 18:22).

Nostradamus baseou suas previsões na astrologia e admitiu ter consultado os mapas planetários. Tais mapas são escritos porque há uma crença de que os corpos celestes influenciam os assuntos que dizem respeito aos seres humanos, uma probabilidade precipitada pela prévia análise da astrologia. Por isso as obras de Nostradamus são especulações individuais (prognósticos intuitivos) e tendo base astrológica, não deixam de ser também uma prática do oculto. Nostradamus estava envolvido com a especulação, charlatanismo (ver abaixo), e ocultismo.

A especulação repousa na suposição irracional de que eventos similares na história humana acontecerão novamente no futuro, como há centenas de anos e também agora, quando o mesmo alinhamento planetário (os planetas estariam novamente nos mesmos signos) se repetirá. Algo parecido a uma nova ocorrência da invasão de Hannibal da Espanha e da Costa Européia Mediterrânea, quando o mesmo alinhamento planetário estaria se repetindo no futuro.

Tudo o que Nostradamus tinha que fazer era olhar as posições dos planetas na época dos eventos e em seguida usar um livro publicado sobre tabelas planetárias, tais como as "Tabelas Alfonsinas" de Jean de Murs disponíveis para o público desde o século catorze ou nove."De Magnis Coniunctibus”, freqüentemente mencionado por ele, e depois com a ajuda das tabelas planetárias determinavam quando padrões similares aconteceriam novamente no futuro. Muitas vezes Nostradamus simplesmente mencionava quais eram as posições planetárias e deixava que o leitor descobrisse os tempos futuros (dos fatos recorrentes) porque estas situações envolviam posições significantes dos planetas que eram difíceis de tabular.

Não eram necessárias grandes habilidades de adivinho para que isso fosse feito. O "Astronomicum Caesareum" veio com um jogo de "computadores de disco de papel" para tornar o trabalho mais fácil para os supostos astrólogos. Freqüentemente imaginamos Nostradamus usando um chapéu em forma de cone adornado com luas novas brilhando na noite escura em meio à névoa e dentro de uma bola de cristal. Mas este não parece ser o caso. Astrólogos profissionais naquela época atacavam verbalmente sua incompetência no campo da astrologia.

A realidade era que Nostradamus não tinha muito de astrólogo. Quase todo horóscopo que ele fazia para indivíduos abastados (segundo Peter Lemesurier) continha um erro significativo e "cerca da metade continha uma abundância de outras incoerências". Por causa disso Nostradamus esperava que seus clientes, antes de vê-lo, trouxessem seus mapas já prontos e feitos por astrólogos experimentados. Apenas na hipótese de alguém se perguntar por que ninguém se dava ao trabalho de ver Nostradamus primeiro, talvez seja como aquela prática de "ter uma segunda opinião" depois de consultar seu próprio médico. O problema aqui é que seu médico está mais preparado do que a "segunda opinião".

Apesar disso, Nostradamus deu uma fórmula de sucesso ao projetar dentro do futuro eventos passados. Se os eventos ocorrem novamente, então você tem uma superabundância de profecias, eventos históricos reciclados: cometas, fomes, pragas, gafanhotos, perseguição da igreja, fogos, intrigas nos tribunais, guerras, vitórias, derrotas, batalhas navais, monstros aparecendo, terremotos, estupros, serpentes se levantando do Norte da África etc... Em um ano ele criou mais de 300 profecias! Nostradamus se transformou para a profecia o que Henry Ford foi para o automóvel. Ele publicou três "Almanaques" em 1557 e outro em 1558.

Os eventos que são imediatamente previsíveis também são qualificados como profecias. Por exemplo, para fevereiro de 1554 Nostradamus previu que dois papas morreriam. Aquilo não aconteceu até o ano seguinte. Se os papas são velhos e têm uma saúde que requer mais cuidado eles morrem mais ou mais tarde, isso é algo previsível. Isto é o mesmo que dizer em nossos dias: "Haverá ondas de terror no Oriente Médio." Não é necessário ser um profeta para concluir que isso é inevitável. Historicamente o Oriente Médio vem há um longo tempo enfrentando situações de violência e horror, mas de igual maneira o planeta inteiro também tem sofrido.

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Em 1555 Nostradamus começou a afirmar que ele era divinamente inspirado, dando assim uma autoridade irrepreensível às suas profecias.

Nostradamus se resguardou dizendo que "Dieu est sur tous les asters" ("Deus está acima de todas as estrelas"). Por isso se suas previsões não se realizassem, a conclusão era que Deus simplesmente mudara de idéia. O fardo pela não realização da profecia não estava em Nostradamus, mas em Deus. Naturalmente alguém poderia concluir que Nostradamus tivesse uma ligação privada com Deus, do tipo que ninguém mais tinha (a representação de cada profeta louco e alguns evangelistas "carismáticos").

A Bíblia adverte claramente em Deuteronômio, "Entre ti não se achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador, nem quem consulte a um espírito adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação ao SENHOR; e por estas abominações o SENHOR teu Deus os lança fora de diante de ti" (Deuteronômio 18:10-12). Sem dúvida mesmo um profeta das massas como Nostradamus cai sob as ordens desta proibição Bíblica.

A publicação da obra "Chronique Lyonnaise" no verão de 1555 atribuiu a Nostradamus a habilidade de praticar a "quiromancia (leitura das mãos), a matemática e a astrologia". É interessante perceber que Laurent Videl em seus escritos de 1558 criticando Nostradamus acusou-o de obter fraudulentamente 10 coroas (aproximadamente $900 dólares em nossos dias), quando estava a caminho da corte do Rei, de uma mulher em Lyon ao prescrevê-la medicamentos sem valor e que não surtiram efeito algum. Tão logo a mulher gritou dizendo "Devolva minhas dez coroas de volta, pois sua receita de nada me adiantou". Nostradamus, "como um charlatão desavergonhado...disse ‘Está tudo bem’" e recusou –se a devolver à mulher suas dez coroas.

Como resultado de suas profecias ele foi consultado por Catherine de Medicis, rainha de Henry II da França (de modo parecido como a ingênua Rainha Alexandra de Todas as Rússias caiu presa de Rasputim), e tornou-se médico do Rei Carlos IX em 1560. Ele também se transformou em membro do círculo intelectual de Julio César Scaliger. Este último rompeu suas relações com Nostradamus acusando-o de ser um "canalha fútil e vil", um disseminador de "falsidades", e um "mendigo criminoso".

A tradição diz que a rainha Catherine de Medicis pediu a Nostradamus para conduzir uma sessão espírita para ela em seu magnífico castelo de Chaumont. Seu marido, Henry II, tinha acabado de morrer e ela gostaria de saber sobre o destino de seus filhos, a linha real Valois. Nostradamus conduziu a sessão. Ao olhar para dentro de "espelho mágico" o "anjo" (sob uma perspectiva Cristã uma entidade demoníaca personificando um anjo) Anael (não existente na Bíblia) foi invocado.

No espelho mágico ela viu seus filhos. Francis II, recentemente coroado, aparecia e caminhava uma vez ao redor de um quarto imaginário visto no espelho. Depois aparecia Charles, sucessor de Francis como rei, e ele caminhava catorze vezes e desaparecia. Finalmente Henry III da França aparecia no espelho e circulava o quarto quinze vezes. Cada volta dada representava um ano de poder. Francis II não viveu muito e foi sucedido por seus irmãos por catorze e quinze anos respectivamente.

Diante do histórico das profecias intrincadas de Nostradamus e da pouca precisão do "espelho mágico" é duvidoso que a sessão espírita tenha realmente acontecido. Nostradamus negou que consultasse “espíritos familiares” (Demônios que personificam os mortos. Aqueles que morreram não podem se comunicar com os vivos, que é o propósito de uma sessão de espiritismo. Ele se queixou de seus críticos que segundo ele):

"São rápidos em acusar-me e dizer que tais declarações provêm de um demônio familiar... o que é uma coisa tão fora da verdade assim como eles por certo estão longe da razão ou julgamento perfeito, tendo suas mentes perturbadas pela inveja e pela ignorância."
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Talvez o mais famoso dos tratados astrológicos da Renascença seja os "séculos" de Nostradamus, publicado primeiramente em 1555. Cada "século" era um grupo de 100 quartetos proféticos poéticos. Nostradamus conquistou sua fama para sempre em 1559 quando o Rei Henry II da França morreu de uma maneira supostamente prevista nos "Séculos" como se segue abaixo:
imagem do rei Henry II

Previsões de Nostradamus:
A Morte de Henry II Decoração do Coração de Sacared e o sangue de Jesus Cristo,filho do deus.Prosiga abaixo ao assunto seguinte Cristãos:
(Quartetos)

Le lyon jeune le vieux surmontera,
En champ bellique par singulier duelle:
Dans caige d’or les yeux luy creuera,
Deux classes vne, puis mourir, mort cruelle.

"O jovem leão triunfará sobre o antigo,
No campo de batalha em um simples combate:
Ele arrancará seus olhos numa gaiola de ouro,
Então morrerá rapidamente, uma morte cruel."

Desenho Mapa Astral; Uma carta do astrológicos usada por Nostradamus para previsões de a mort de Henry II.

No verão de 1559 a filha de Henry II casou-se com Philip II da Espanha e Marguerite, a irmã de Henry II, casou-se com o Duque de Savoy. Parte das celebrações do "casamento duplo" incluiu um torneio. Henry cavalgou contra Gabriel de Lorges, Conde de Montgomery, mas fracassou em derrubá-lo e tentou novamente. A lança de Montgomery se despedaçou entre os dois cavaleiros e um estilhaço entrou no capacete de Henry, perfurando seu crânio por cima do olho direito, e penetrando no cérebro. Henry entrou em colapso por dez dias e morreu.

O quarteto acima profetiza realmente a morte de Henry como muitos afirmam? Em sua introdução à segunda sessão dos "Séculos" em 14 de março de 1557, Nostradamus elaborou uma vasta epístola a Henry II dizendo: "Desde que minha larga e obscura face se apresentou diante da infinita divindade de Sua Majestade, Ó o mais cristão e vitorioso rei, tenho permanecido perpetuamente deslumbrado por aquela visão, não cessando de honrar e venerar apropriadamente aquela data quando me apresentei... Fui capturado por este desejo singular de ser transportado de repente de minha longa e densa obscuridade à presença iluminada do primeiro Monarca do Universo..." (fonte: "A Máscara de Nostradamus" de James Randi -"The Mask of Nostradamus" by James Randi).

Não há evidência alguma nesta epístola escrita dois anos antes da morte de Henry II que Nostradamus previu o falecimento iminente de seu "mais Cristão e vitorioso rei". Se a epístola tivesse profetizado a morte do monarca, alguém poderia crer que Nostradamus teria avisado Henry.

Montgomery era mais jovem que Henry, mas apenas alguns anos, assim "O jovem leão triunfará sobre o antigo" não é o bastante.

James Randi em seu livro elucidativo "A Máscara de Nostradamus" (The Mask of Nostradamus) chama a atenção para o fato de que o francês nunca usou o leão como símbolo da monarquia. O animal símbolo foi sempre o galo de briga.

A respeito da segunda linha do quarteto, "No campo de batalha em um simples combate", um torneio não é um "campo de batalha", mas mais uma competição. Ninguém esperava que ferimentos graves fossem acontecer. Além disso, se alguém insiste que um torneio é uma batalha, a morte de Henry não foi o resultado de um "combate simples". Ele fracassou ao tentar desmontar Montgomery na primeira investida e depois disso pediu por uma nova chance. Montgomery submeteu-se à solicitação do rei. Houve, por isso, um "segundo" combate.

"Ele arrancará seus olhos numa gaiola de ouro" nem reflete o destino de Henry nem tampouco que seus olhos foram arrancados. A lança de Montgomery trespassou o crânio de Henry acima do olho direito do rei.

O ouro é suave e não dá proteção. Capacetes para torneios não eram feitos de ouro exceto os adornos decorativos ou emblemas fixados.

O último verso "Então morrerá rapidamente, uma morte cruel" não é verdadeiramente importante para o falecimento de Henry II, exceto que sua morte foi cruel ou talvez mais precisamente "trágica" já que crueldade implica a intenção de um criminoso, o que não foi o caso. O ferimento feito por Montgomery foi o resultado de um acidente não de algo intencional.
Coração Sacred de Jesus;decoração;Retorno ao topo uma página sobre Nostradamus a predições,profecias e previsões de Nostradamus,Astrologia e a profetas Bíblia a predições,profecias e previsões.
Desenho Bandeira de Adolf Hitler, Nazistas; imagem da bandeira da régua de Hitler de Germany durante a guerra larga dois do mundo.

Previsões de Nostradamus:
Adolf Hitler

(Quartetos)

Bestes farouches de faim fleuues tranner,
Plus part du champ encontre Hister sera.
En caige de fer le grand sera treisner,
Quand rien enfant de Germain obseruera.

Bestas malvadas e famintas nadarão pelos rios,
A maioria do exército estará contra o Baixo Danúbio.
O grande será arrastado para uma gaiola de ferro,
Quando o irmãozinho não observará coisa alguma.



Esta é uma outra das profecias enigmáticas de Nostradamus que pode ser aplicada a uma variedade de situações. Henry C. Roberts em "As Profecias Completas de Nostradamus" (The Complete Prophecies of Nostradamus) acredita que este quarteto seja uma previsão do destino de Adolf Hitler. Ele interpreta a "gaiola de ferro" como a o bunker em Berlim onde Hitler morreu. Um bunker de concreto é mais uma "gaiola de concreto" do que uma "gaiola de ferro".

Os comentaristas classicamente treinados sobre Nostradamus estão plenamente a par de que nos tempos de Roma a porção mais baixa do Rio Danúbio era conhecida como "Ister" ou "Hister", e assim era mencionada nos mapas romanos.

Muitos escritores têm interpretado a última linha do quarteto onde se lê "Quand Rin enfant Germain observera," ou "Quando a criancinha alemã verá o Reno", entretanto "rien" em francês significa nada, não "Reno" e "criança da Alemanha" do século 12 até o 16 significava "irmão" ou "parente próximo" (James Randi, op.cit.)

Hitler e Goebbles tentaram tirar proveito dessa possível profecia. Hitler tinha consciência de que "Hister" em latim significava o baixo Danúbio, mas também acreditava que o quarteto tinha um significado duplo e aplicava-se também a ele.

Alguém pode querer saber o por quê, já que o contexto não é muito agradável. A próxima linha fala de uma "grande" figura sendo arrastada para dentro de uma gaiola de ferro.

Toda esta especulação, entretanto sobre o que Nostradamus quis dizer com a palavra Hister é uma questão de debate. O maior visionário da Renascença deixa o assunto de lado em sua previsão para novembro de 1554 onde se lê:

"Um homem muito entendido no último quarto da lua, enquanto caminha ao longo do rio Hister, também chamado Danúbio, o chão cedendo, no rio mencionado será perdido" (Fonte: "O Desconhecido Nostradamus"- The Unknown Nostradamus op.cit. Página 68).

Ele não quis dizer "Hitler", mas sim "Danúbio"!

O QUE NOS ESPERA NA ERA DE AQUÁRIO?

Vanessa Tuleski, em 20 de novembro de 2001

Há algum tempo, você vem ouvindo falar a respeito da Era de Aquário. Provavelmente, escutou opiniões que, a partir desta Era, seremos mais evoluídos, que a humanidade entrará em uma nova fase, que acabarão todos os problemas que nos assolam. Seria isto verdade? Além disso, quando, afinal, começaria a tão falada Era de Aquário? Vamos tentar responder a estas duas perguntas através deste artigo.

Antes, é necessário entender o que é uma ‘era’. O pólo celeste (extensão imaginária do pólo terrestre) executa um movimento circular, de leste para oeste, que leva 25.794 anos (este número ainda não é um consenso entre os estudiosos) para voltar ao ponto de onde saiu. À medida que vai descrevendo este movimento, há um deslocamento em relação à constelação que marca o equinócio de primavera no Hemisfério Norte. Assim, há cerca de 2 mil anos, era a constelação de Áries que inaugurava o equinócio de primavera. Agora é Peixes que está lá. Breve, será Aquário (note que o zodíaco é percorrido de trás para a frente). Astronomicamente, portanto, a primavera no Hemisfério Norte está se iniciando com a constelação de Peixes, embora astrologicamente o signo que represente a primavera continue a ser Áries.

Dividindo-se 25.794 anos por doze signos, podemos dizer que cada era astrológica duraria cerca de 2.149 anos. Agora vamos tentar responder à pergunta: a Era de Aquário já começou, e, se não, quanto tempo faltaria para ela começar? A resposta para esta pergunta é controversa. Há estudiosos que dizem que a Era de Aquário já começou, e outros acreditam que ela se iniciará daqui a cerca de 150 anos. Entretanto, embora haja discussões a respeito de quando a Era de Aquário irá de fato começar, a maioria dos astrólogos crê que estejamos em uma fase de transição entre a Era de Peixes e a de Aquário, ou seja, que ainda estejamos vivemos de acordo com todos os padrões da Era de Peixes, mas já mesclados com os desafios da próxima Era.

É necessário entender um pouco o que é cada Era para que possamos falar da do que significa esta transição, e para onde estamos indo. Cada Era costuma ter símbolos que atingem a máxima importância durante a sua vigência. Assim, por exemplo, durante a Era de Touro (aproximadamente, entre 4000 e 2000 anos antes de Cristo), o touro foi adorado no Egito, representado como o boi Ápis e como o culto ao minotauro (criatura com cabeça de Touro e corpo humano). Na Era seguinte, Áries, o cordeiro surgiu em inúmeras manifestações religiosas (como Amon-Rá, o deus com cabeça de cordeiro, ou o mito do velocino de ouro). E, na Era de Peixes, naturalmente o peixe se tornou o animal sagrado. Cada Era tem também seus ‘avatares’, que seriam figuras históricas que concentrariam todas as características que elas carregam. Moisés, por exemplo, que guiou o povo judeu através do deserto teria sido um avatar da Era de Áries, bem como Cristo teria sido um avatar da Era de Peixes.

Cada Era traz à tona todas as questões do signo que o representa, mas também do signo que se opõe a ele. Assim, por exemplo, a Era de Touro conheceu o represamento (Touro, signo do elemento Terra, relacionado a forma) das águas do Nilo (Escorpião, signo do elemento Água), e sabe-se que este fato teve fundamental importância no desenvolvimento da civilização egípcia. Foi nesta Era que surgiram as religiões ligadas à terra, e que o ser humano começou a se estabelecer, deixando de ser nômade. Conflitos de dominância e poder (típicos do eixo Touro e Escorpião) estiveram presentes durante toda esta Era.

A Era de Áries foi caracterizada por guerras, disputas e pelo surgimento de deuses mais masculinos (Áries é um signo de polaridade masculina), em oposição às deusas que predominavam até então. Nesta época também se desenvolveram a cultura e as artes (Libra, signo oposto a Áries), e surgiu o budismo, uma religião tipicamente libriana, por pregar o ‘caminho do meio’.

A Era de Peixes desloca a ação do Oriente para a Europa. O Cristianismo nasce junto com a Era de Peixes, e grande parte dos fatos estão relacionados com ele: desde a perseguição dos primeiros cristãos até o momento em que a Igreja Católica angaria um poder incalculável. Durante a Idade Média, a Igreja controla toda e qualquer forma de conhecimento, e seus preceitos exercem uma inflexível influência sobre as pessoas. É o auge da força da crença (Peixes), em que a ameaça não é tomar algo real da pessoa ou exercer outra forma de punição, e sim, condená-la a queimar eternamente no fogo do inferno (ativando a natureza impressionável inerente à Peixes). Porém, são os interesses mundanos (reflexos de Virgem, signo da Terra, de natureza material) que movem a venda de perdões (as chamadas ‘indulgências’) e outras benesses celestiais.

A Era de Peixes também conhece as cruzadas religiosas, as ‘guerras santas’, e, igualmente, o trabalho dos jesuítas na difusão da sua religião. Ela é marcada por por um intenso fervor religioso. A filosofia da Era de Peixes (ainda que muitas vezes aplicada de maneira inteiramente distorcida) é a necessidade de redenção, salvação, superação da matéria e devoção a um ideal. O signo de Virgem, oposto a Peixes, também se manifesta nesta Era, quando traz o desenvolvimento da ciência, bem como os subprodutos disso, como o racionalismo excessivo, o ceticismo e o descarte de qualquer coisa que não possa ser comprovada e classificada nos moldes conhecidos. Virgem é também o signo ligado ao corpo, ao orgânico, ao animal, ao vegetal, e nunca a Terra, como um grande organismo, é tão ameaçada, ao mesmo tempo em que nunca o ser humano vai tão longe em sua capacidade de desvendar meticulosamente (Virgem) como cada parte do mundo funciona. Virgem é também o signo da manipulação e intervenção, e a Era de Peixes traz uma possibilidade sem precedentes de modificação do ambiente físico. De muitas maneiras, utilizamos mal esta possibilidade, dizimando espécies animais e vegetais, poluindo o planeta, e também criando um estilo de vida desvinculado de ritmos naturais, em que o endeusamento do trabalho (um dos temas de Virgem) e da vida produtiva em excessivo (gerando doenças físicas e psicológicas). Por outro lado, desenvolvemos remédios e soluções inovadores. Criamos inventos que nos abriram possibilidades. Hoje nós temos inúmeros confortos e facilidades graças ao interesse virginiano por soluções práticas.

A era Peixes-Virgem contém uma profunda necessidade de significado, mesmo que, em muitos momentos, isto fique obliterado pela manipulação religiosa (Peixes) ou pelo materialismo (Virgem). Vivemos, no final da Era de Peixes, o chamado para a Era de Aquário. O desenvolvimento científico se acelera. Começam a surgir religiões e sistemas de crença mais baseados na força da mente e na crença de que também podemos ser deuses (um modo aquariano de pensar). Há um forte desejo por resolvermos nossas diferenças e sermos mais tolerantes e abertos, e por nos libertarmos de velhos condicionamentos que nos acompanham há milênios. Por outro lado, pensadores começam a imaginar um futuro feito por uma racionalidade tão fria que poderia simbolizar a ‘sombra’ de Aquário. Um mundo em que um sistema social fosse tão rigidamente organizado em prol do conjunto que chips fossem implantados no cérebro das pessoas, anulando suas vontades individuais e criatividade (as quais são simbolizadas pelo signo de Leão, oposto a Aquário). Um mundo com tanto poder de intervenção que praticamente poderíamos ‘fabricar’ um ser humano ao nosso gosto (com todos os perigos que isto embute). Um mundo em que a tecnologia (Aquário) fosse tão dominante que isto pudesse abrir espaço para terríveis formas de controle e centralização (reflexo de Leão), com a sufocação da liberdade (uma das necessidades aquarianas mais fortes).

Na realidade, em todas as Eras houve dificuldade em se equilibrar os dois signos envolvidos. A humanidade passou boa parte da Era de Peixes tendo sua capacidade de análise e discernimento (simbolizada por Virgem) bloqueada por crenças impostas de cima para baixo. Quando, a partir do século XIX, o espírito científico começou a se desenvolver, daí foi Virgem que assumiu a supremacia. Descartou-se tudo o que não se podia explicar e iniciou-se um período de excessiva racionalidade e fragmentação, que resultou no surgimento em massa de doenças emocionais decorrentes da falta de conexão com algo maior (por que você acha que tantas pessoas se drogam no mundo?).

A Era de Aquário não é, portanto, uma Era que automaticamente vai nos conduzir a fraternidade, a um entendimento extraordinário de quem somos e do que o mundo é, a uma nova forma de organização, a uma descoberta sem precedentes de nosso poder mental e a um uso adequado dele. E por que não? Porque Aquário não é um signo melhor do que Peixes, assim como Peixes não é melhor do que Áries, assim como nenhum signo é melhor do que outro. Em cada Era, nós temos escolhas a fazer. A tecnologia, principal promessa da Era de Aquário, tanto pode nos levar a uma separação do nosso lado instintivo, tornando tudo excessivamente lógico e frio, como pode ser tão aperfeiçoada que nos leve a sanar os problemas que até agora criamos com o uso dela. A penetrante mente aquariana tanto pode nos levar a finalmente rompermos com antigos comportamentos danosos quanto nos trazer agitação, alienação e rebelião, sintomas já presentes atualmente. A Era de Aquário será, sem dúvida, caracterizada por uma grande mudança em relação às outras Eras, porque isto faz parte do símbolo de Aquário. Mas isto nos levará a um mundo realmente melhor? Afinal, quem tem razão: os intelectuais que prevêem um mundo frio, excessivamente racional e controlado, ou os místicos que falam em uma era de amor?

O potencial da Era de Aquário seria para que nos víssemos como uma só raça (já que até agora nosso passatempo foi nos aniquilarmos mutuamente), e, a partir disso, nos uníssemos, sendo capazes, por esta razão, de avanços inimagináveis, e de criarmos um novo sistema de vida, que rompesse integralmente com o que de negativo vivemos até aqui. Uma Era de Aquário realmente avançada também não descartaria que viéssemos a realizar um intercâmbio com outros habitantes de outros planetas, seja através do desenvolvimento de tecnologias revolucionárias, seja porque finalmente estaríamos prontos para isto. Uma Era de Aquário ‘bem feita’ teria de ter presente os atributos positivos de Leão, como a valorização do indivíduo e da criatividade, do coração e do calor, para que a sociedade não se tornasse por demais fria, mecânica e lógica. O bem estar do indivíduo (Leão) teria de ser levado em consideração tanto quanto o bem estar do grupo (Aquário), pois um não pode predominar sobre o outro sem que isto gere desequilíbrios. Só que a Era de Aquário não vai trazer tudo isto ‘de bandeja’. Nós teremos de conquistar esta ‘promessa’ positiva que está embutida nela. Estaremos sendo chamados a escolher tanto quanto fomos em outras Eras. Por exemplo, a Era de Peixes poderia ter sido muito especial em termos de compaixão, abrandamento de nossas características mais destrutivas e agressivas, e não o foi. Ao invés disso, apareceu o lado negativo de Peixes, como a cegueira, a incompreensão e a histeria (as Santas Inquisições, por exemplo).

Você talvez se pergunte o que pode fazer, como indivíduo, para que possamos realmente começar uma nova Era, um novo tempo, transpondo para o coletivo o potencial que já existe em indivíduos mais evoluídos, mas que nunca existiu em escala maior. Simplesmente desenvolva o lado positivo de Aquário. Olhe mais para o coletivo. Interesse-se mais por ele. Não veja a sua vida como limitada apenas a sua casa e às pessoas próximas. Enquanto houver pessoas miseráveis e escravizadas no mundo mesmo o mais lindo recanto com a maior harmonia poderá ser atingido. Aquário quer dizer que todos somos um povo só. A hora em que nos virmos como o povo da Terra, que é por ela responsável, aí sim estaremos entrando em uma nova Era. Sem o desenvolvimento disso, a Era de Aquário será como todas as outras, até que resolvamos mudar. A escolha será de cada um de nós.