domingo, abril 03, 2005

A experiência é uma coisa interessante...

A experiência da vida, apesar de determinar a nossa visão da realidade, tende a ser esquecida, a permanecer inconsciente. É servindo-nos dela que aprendemos grande parte daquilo que sabemos; por ela orientamos, evitando repetir erros … tentando controlar o “destino” e tornando a nossa vivência mais segura, previsível e controlável… tentando evitar problemas.
Mas apesar disso a nossa visão da realidade tende por vezes a ser está afectado pela nossa perspectiva, que adquirimos pessoalmente ao viver e nos permite lidar com as coisas ao redor, com aquilo que nos cerca.

Apesar disso a natureza traz-nos aspectos desconcertantes que têm o condão de permitir que, apesar de existir a experiência, a nossa vida seja uma aventura.

Não nos basta, porém, a experiência de coisas… Como adquirimos essa experiência? Sem dúvida, em parte, no nosso contacto com outras pessoas. A vida é sempre convivência. E como aprendemos!

As limitações obrigam-nos a crescer continuamente; mantêm-nos tensos, esforçados. Permitem-nos ter constantemente objectivos diferentes. Dão colorido à nossa vida.

Na minha vida já tive que travar muitas batalhas, muitas das quais, aparentemente, eu perdi! Entretanto, nunca me dou por derrotada!!!

Procuro sempre melhorar a minha qualidade de vida. Para muitas pessoas sou inconsciente, para outras “porquê procurar mais quando há quem tenha menos?”, mas não, eu acho que todos nós temos sempre que tentar o “mais” seja lá o que for que representa para cada um… porque mais triste e desconcertante é a frustração de nem sequer tentar…

sábado, abril 02, 2005

sexo tantrico ???? que é isso para alem de moda

Depois de tanto se falar sobre sexo tantrico, vamos lá a ver se consigo desvendar aqui o que é isso.
Aqui está um visao breve e histórica sobre o mesmo.

O sexo tantrico é hoje uma temática comum em muita conversa. Fala-se dele entre amigos, nas revistas e na televisão. Havendo até músicos e outros opinion-leaders que o referenciam para posicionar a sua imagem no mercado.
As pessoas procuram-no como uma resposta a um conjunto de insatisfações que culminam na insatisfação afectiva e sexual. Procuram bem, mas o caminho é mais longo do que se supõe. Também é fácil perceber que não é só com umas respirações visualizadas que se chega lá. O Budismo TANTRICO foi o acontecimento cultural mais importante do período Pala da Índia (séculos VIII a XII) e um movimento de influência internacional que se alastrou através da Ásia, onde sobreviveu em muitos países até aos dias de hoje. Esta filosofia nasceu quando o Budismo Mahayana desfrutava um período de grande produtividade filosófica e influência intelectual. As florescentes escolas superiores monásticas ofereciam uma vida de estudo e contemplação, mas também providenciavam um caminho fácil e directo a uma grande riqueza, influência política e prestígio social.

A um monge que desfrutasse uma carreira académica bem sucedida, seriam entregues terras, servos, animais, edifícios, metais preciosos, jóias, móveis, arte e o privilégio de montar um elefante nas procissões oficiais. Os seus admiradores, providenciavam estas oferendas como manifestações da sua estima e como uma via para angariar mérito religioso. A um monge, foi uma vez oferecido, o rendimento de oito localidades por um marajá entusiasta. O monge declinou a oferta.

Construído com base nas grandes conquistas da filosofia Mahayana e impelido por um espírito crítico, o Budismo Tantrico nasceu fora dos poderosos mosteiros Budistas como um movimento de protesto inicialmente protagonizado por leigos e não por monges. Desejosos de voltar ao universalismo Mahayana clássico, os reformistas Tantricos protestaram contra os privilégios eclesiásticos e o árido escolaticismo cuidando de forjar um sistema religioso muito mais acessível e abrangente em termos sociais. Os Tantricos acreditavam que o auto-desenvolvimento devia ser testado no seio da vida familiar, o tumulto da cidade e do mercado, na assistência de um campo crematório e nos perigos existentes em áreas selvagens e isoladas.

Esta nova casta de Budistas também insistia que o desejo, a paixão e o êxtase deviam ser integrados no caminho religioso. Procuraram controlar os desejos imergindo neles em vez de fugir deles, reconhecendo-se a si mesmos como heróis (vira) e heroínas (vera) que bravamente mergulhavam fundo no oceano das paixões para colher as pérolas da iluminação.
Em consonância, com a asserção tão querida aos Tantricos, que a Iluminação pode ser encontrada em todas as actividades, a intimidade sexual tornou-se num paradigma maior dos rituais Tantricos e da meditação. A revolução Tantrica angariou o apoio popular e real e eventualmente fez o seu percurso no curriculum de escolas superiores monásticas como Nalanda, Vikramasla, Odantapur, e Somapur. Estas instituições de altos estudos eram apoiadas e acompanhadas tanto por Hindús como Budistas.

Nelas se desenvolveu filologia, literatura, medicina, matemáticas, astronomia, arte, bem como as “ciências interiores” da meditação, psicologia e filosofia. Enquanto os mosteiros funcionavam como os pilares institucionais da fé, os magníficos leigos Tantricos levavam o Budismo às aldeias, província, áreas tribais e regiões fronteiriças, garantindo um elo de contacto ao qual as novas populações podiam trazer as suas práticas, símbolos e deidades ao mundo Budista.

Práticas muito antigas das florestas indianas, zonas montanhosas e áreas rurais, cultivadas pelas gentes tribais, aldeãos e as classes mais baixas, eram absorvidas e redireccionadas para os fins Budistas. Esta inclusão social renovada e a incorporação de um conjunto ecléctico de práticas religiosas, transformaram o Budismo numa tradição de novo merecedora da lealdade das pessoas de todos os sectores da sociedade indiana. O Budismo Tantrico angariou aderentes de fés rivais, expandindo-se geograficamente em todas as regiões do subcontinente indiano, prosseguindo além fronteiras difundindo-se com facilidade nos Himalaias, Ásia oriental, sueste asiático. Chegou ao Japão.
Tantra provém da palavra “Tan” que significa “extensão”, “continuação” e “multiplicação”. É uma filosofia que tem algo de comum com o Taoísmo: o auto-conhecimento que gera após a compreensão do eu, a expansão do indivíduo. Esta expansão significa crescimento, entendimento e amor.

Uma visão sobre a incerteza



INCERTEZA
Ernesto Ladeira

A incerteza é ela também em si mesma uma constante da vida - Própria da natureza de todas as coisas vivas, menos vivas ou mesmo inertes. São incertos o dia e a hora do nascimento e da morte. E todo o intervalo entre estes dois acontecimentos singulares das nossas existências é povoado de cordilheiras e cordilheiras de incerteza.
Incerteza é, pois, o pão nosso de cada dia das nossas vidas e de tudo quanto à nossa volta nos rodeia. Di-lo insistentemente a nossa experiência do quotidiano e explica-o e confirma-o o princípio da incerteza da ciência quântica.
Se assim é como tudo leva a crer, se de facto é uma certeza indiscutível de que a incerteza também comanda a vida - e de que maneira! - então é tempo, mais que tempo, de a tomarmos muito a sério. Ou seja, há que aprofundar, desenvolver e leccionar uma filosofia consistente da evitação da incerteza que alimente e suporte - a todos os níveis - uma cultura da superação da incerteza até aos seus limites superiores, humanamente possíveis. Uma nova cultura de prevenção da incerteza sempre presente, que seja preocupação máxima, prioritária e constante, no antes, durante e depois de todas as decisões.
Para a prática e suporte de uma tal cultura de exigência não faltam, nos tempos que correm, os meios requeridos - know-how, hardware e software, aos montões! Mas tudo fracassará se não assentar numa outra cultura, a cultura de responsabilidade, competência e profissionalismo (amor à camisola) - também aqui a todos os níveis.
Ajudar a vencer a força da gravidade (cuidado com esta bicha!) foi a nossa profissão. E tomáramos nós que a "máquina humana" fosse tão acarinhada, controlada e vigiada como o eram (e são) as aeronaves e seus componentes.
Tudo o que trabalha mexe, funciona, degrada-se ; tudo o que está sujeito a esforços mecânicos prolongados, muitas vezes nos limites ou em condições de extrema severidade, tem que ser continuamente vigiado e controlado, mantido e recuperado para novos e sucessivos ciclos de vida, mantendo-se sempre os padrões de segurança, eficiência e eficácia originais. Custa muito dinheiro, sim senhor, mas não há outra lógica nem outra saída quando estão em causa vidas humanas. Uma que seja!
Mas (e há sempre um mas) há "incertezas incertas" insondáveis, de todo imprevisíveis, perfeitamente aleatórias e normalmente exteriores ao processo. Para essas não há previsões ou controlos que nos possam valer. Incertezas ocultas, fechadas a sete chaves!
As incertezas tendem a crescer cada vez mais à medida que aumentam os níveis de agressão (lato sensu) ao meio ambiente. Na verdade quem esperaria (também aqui em Portugal) um Inverno tão chuvoso que nos fustigou sem dó nem piedade desde Novembro do ano passado? Quem contaria com uma tal invernia que varreu de lés a lés o País, disparando muitas das incertezas ocultas, pendentes?
Um poder económico avassalador, desenfreado (lucro a todo o custo!) e um consumismo desbragado (inconsequente!) que lhe está associado, alastram por todo este planeta. Consequências? – Aí estão à vista de todos! E as alterações climatéricas, já dramaticamente evidentes, não são o único factor de incertezas. Muitos outros há, que crescem sem cessar e nos vão deixando cada vez mais confusos e perplexos. Escusamo-nos de os enumerar aqui, por sobejamente badalados pelos medias.
Entretanto, os políticos de todo o mundo, andam às aranhas, à nora, com este impetuoso crescendo do poder económico. Onde é que isto vai parar? Tudo começa a ser posto em causa! À globalização, que já ninguém consegue parar, e que em si mesma não seria problema de maior, há que fazer-lhe oposição no plano das regras e dos princípios - Não sendo assim, a ética e a moral tradicionais (ainda indiscutíveis, julgamos nós) correm perigo e as incertezas crescem sem cessar!
E porque também todos e cada um de nós somos também incertezas ou agentes delas (e de que maneira!), então comecemos nós próprios desde já e de uma vez por todas, a prevenir e a evitar, em primeiríssima mão e o mais possível, a incerteza e os riscos que esta comporta, concretizados tantas vezes de forma tão dramática quanto inesperada.

Porquê não se pode prever o futuro

Para aqueles que pensam que se consegue prever o futuro aqui está uma explicação do pq isso não é possivel.

Depois de tanta coisa sobre conhecimentos , tarots, astrologias etc.. ou seja depois de tanta coisa destinada apenas a conseguirmos conhecer o futuro ou mesmo influenciá-lo, dediquei-me a pesquisar o porquê do Tarot (por exemplo) ser uma treta para se saber o futuro, descobri o principio da Incerteza de Heisenberg, é uma explicação plausivel pelo menos para mim, para voces não sei.

Ao existir esta incerteza não estou a por em causa que por exemplo a astrologia não demonstre tendencias para que algumas coisas sucederem ou para traços da personalidade de alguem ser mais vincados.
Mas isso não invalida que a nossa vida seja governada pela incerteza.
No texto abaixo iremos ver que podemos aumentar o grau de incerteza dos acontecimentos, já pensaram que não é isso que por vezes fazemos ?

Acho convictamente é que num aspecto psicologico as pessoas vivem mal com a ideia que a razao por existirem partiu de uma incerteza e que o que lhes vai acontecer tambem é uma incerteza ou seja procuramos ter sempre alguem ou algo que esteja a comandar o botão da nossa existencia.
Isto que estou a dizer pode ser polémico mas é o que penso, que será que quem está a ler isto pensa ?

Bem deixo aqui algumas explicações sobre a incerteza de Heisenberg ou seja a incerteza quantica.

Princípio da Incerteza

Um dos pilares da mecânica quântica é o princípio da incerteza de Heisenberg. De acordo com este princípio, para prever a posição e velocidade futuras de uma partícula é necessário poder medir a_ posição e velocidade actuais. Para se observar a partícula é necessário fazer incidir sobre ela um raio de luz.
Se o comprimento de onda do raio (fotão) for longo, ou seja, menos energético, perturbará menos o movimento da partícula e será possível conhecer a sua velocidade com alguma precisão. Todavia, não conseguimos determinar a posição da partícula com maior rigor do que a distância entre cristas de onda sucessivas. Sendo o comprimento de onda longo, essa distância será maior e, portanto, maior será também a incerteza quanto à posição da partícula.
O oposto ocorrerá se fizermos incidir um raio com um comprimento de onda mais curto: perturbará mais o movimento da partícula (tornando mais incerta a sua velocidade), mas permitirá localizá-la com maior precisão.
Heisenberg demonstrou que a incerteza quanto à posição multiplicada pela incerteza quanto à velocidade e multiplicada pela massa da partícula nunca pode ser inferior a uma certa quantidade - a chamada constante de Planck.
Implicações do Princípio da Incerteza

O princípio da incerteza tem implicações profundas na forma como vemos o mundo.
É impossível prever acontecimentos futuros com precisão, dado não ser possível medir com precisão o estado do Universo.
A mecânica quântica prevê vários resultados possíveis para uma observação, cada um com a sua probabilidade e, portanto, informa-nos acerca das probabilidades de cada um dos futuros possíveis do mundo.

nunca mais me perguntem pq é que sou lesbico

HOJE É SEXTA FEIRA E ACORDEI COMPLETAMENTE LESBICO!!!!

Vejam o que sucede quando se acorda Lésbico.

"Quando se ousa afirmar que todas as relações entre homem e mulher, sejam eles quais forem (conjugais, filiais ou outras) são necessariamente relações incestuosas entre mãe e filho, estamos a provocar as críticas mais ásperas, e fazer-se passar por obcecado.
No entanto...O homem é com efeito um ser incompleto, e ele apercebe-se disso.
O seu medo e a sua atracção pela gruta obscura (o vazio de onde vem), o seu medo e a sua vertigem diante da morte(o vazio para onde ele irá), tornam-no um ser frágil que procura a qualquer preço uma segurança.
Essa segurança é a mãe, tanto para o homem como para a mulher. (...)
O homem está pois biologicamente sujeito à mulher quer ele queira quer não.
E toda a mulher é uma mãe, real ou potencial.
Ele é o contido (contenu) enquanto que a mulher é quem contém (contenant):
isso constitui um estado de inferioridade muito claro para o homem, que passa por isso o seu tempo a negar esta realidade para se provar a si próprio que é superior.
É o que explica a acção masculina, o facto de que os homens sejam dotados para a acção, para a violência, para o combate.
Esta acção é o único meio que lhes resta para tentarem se afirmar.
E se o homem é o contido, portanto um ser inferior, ele arroga-se ao direito de sersuperior mostrando a todo o preço que a sua força activa é a única capaz de proteger a espécie.
Ele soube mesmo convencer a mulher desta superioridade, simbolizada pelo reconhecimento do pénis do rapazinho ao nascer, pela sua mãe, ou por qualquer outra mulher que ajude no parto.
O famoso grito: "é um rapaz!", repetido por gerações, diz bastante do seu significado.No entanto, a que contém (ou abarca), a mãe, digamos a mulher, é ela própria a realização do Paraíso.
Ela o concretiza, esse Paraíso, sob os dois aspectos de uma só realidade:ela "contem" (engloba) a sua criança e o seu amante."
in "La Femme Celte" de Jean Markale


tudo é apenas uma questao de definiçao

Depois de ler algumas das coisas que li especialmente uma coisa que a Maria ( a maria anuviada ) escreveu e com a qual até concordo em parte fiquei com a ideia do que ela disse acerca de tempo ser apenas uma definição.
Quase que como magia recebi um mail com a definição de Caralho no Porto e como podem ver tudo é apenas uma questao de definiçao.

Agora podem ler o texto abaixo:



"Afonso Praça escreveu um "Novo Dicionário de Calão" que merece
compra, consulta e leitura. Não é obra perfeita. Existem falhas.
A maior delas encontra-se na pág. 61 e respectiva definição de
caralho".

Ouçamos:
"Termo chulo para designar o pénis; usa-se também como
expressão de irritação ou revolta".
Certo. Parcialmente certo. Mas só parcialmente. Afonso Praça não teve cuidado com os regionalismos.
Não olhou, por exemplo, para o Porto.
O "caralho" do Porto não é um "caralho" qualquer.
Nem sequer é expressão de "irritação" ou "revolta". O "caralho" do Porto não
agride.
É um "caralho" meigo, nobre, íntimo, expressão sincera de amizade.
No Porto, quando ouvirem chamar pelo "caralho", convém olhar para trás.
O "caralho" podemos ser nós.
O "caralho" é um tratamento entre amigos que se amam e respeitam.
Como "caralho" que são. Ser um "caralho" é ser amigo de alguém. No
fundo, é ser amigo de um outro "caralho".
Aliás, a expressão tem um significado tão profundo, que é sempre acompanhada de um possessivo.
Ninguém é, simplesmente, "caralho". Quando um portuense chama o "caralho" do amigo, trata-o sempre por "meu caralho", ou "seu caralho".
Há um sentido de posse entre "caralho". Os "caralho" pertencem-se.

- Onde é que andaste, meu "caralho"?
- Por aí a pastar. E tu, seu "caralho"?

Claro que existem excepções. Nem toda a gente chega ao estatuto de
"caralho".
No Porto existem também os "caralhos" em potência:
são os "caralhotes" (que Afonso Praça igualmente esquece).
Um "caralhote" é alguém que tem todas as condições para ser "caralho"
mas ainda não chegou lá. Talvez com a idade. Talvez com a
experiência. Ou talvez nunca. Um "caralhote" pode transformar-se em
"caralho" - ou não. Se falhar, não fica "caralho" - isso é que era
doce! Se falhar na carreira da "caralhice", torna-se na mais reles
espécie de "caralho" que existe sobre a Terra. Torna-se azedo.
Pulha. Inimigo do seu amigo.
Transforma-se num "caralhão".

- Quem é aquele "caralho"?
- Aquele "caralho"? Aquele "caralho" é um "caralhão" de primeira.
Nem te conto.

O ideal, portanto, é começar por ser "caralhote" e dar o salto para
o "caralho", fugindo dos "caralhões". E como é que isso se faz? Eu
só conheço uma maneira: evitando "encaralhar".
Tenho dito...